Na cultura judia, ser estéril era considerado uma grande calamidade, porque em torno do dever religioso da procriação girava a instituição judaica do casamento. Era obrigatório o divórcio de um casal em que a mulher não houvesse concebido nos dez primeiros anos de vida conjugal.
A mulher que não tinha filhos era vista como pecadora e amaldiçoada, pois não era abençoada por Deus.
A Bíblia relata a historia de várias mulheres inférteis, dentre elas Ana. (I Samuel 1)
Como sabemos, ela foi ricamente abençoada, pois além de ter sido agraciada com um filho, gerou Samuel, o último dos juízes e foi o sacerdote que ungiu Davi como rei sobre Israel e Judá.
Ana era casada com Elcana, um homem que a amava muito. Muito mais do que Penina, sua outra mulher que já havia lhe dado dois filhos.
Ana tinha o profundo desejo de ser mãe. Ser mãe era mais importante do que sua própria vida, representava a ela o fim do tempo de opressão em sua vida, pois era muito humilhada por Penina.
Seu desejo em ter um filho não deixava que ela vivesse a benção da sua vida no presente.
Seu momento presente lhe dava as seguintes bênçãos conforme I Samuel capítulo 1:
1 – era profundamente amada por seu marido; mas não conseguia receber este amor
Estava constantemente triste (versículo 8)
Seu marido achava que o desejo dela ter filhos era maior do que o amor deles
Não usufruía de um casamento cheio de amor, carinho e cumplicidade, pois Elcana não cobrava dela um filho, ele a amava como ela era.
2 – não usufruía do melhor que o Senhor lhe oferecia
A oferta anual que Elcana oferecia ao Senhor, a parte especial era queimada (conforme Levítico 7) e a outra parte ele dividia com sua família. A parte de Ana era a maior parte, mas ela rejeitava, por causa de sua angústia que lhe tirava o apetite.
3 – baixa “alto estima”
Não se sentia digna de ser amada por seu marido. Não se sentia digna de receber qualquer coisa do Senhor, a não ser a benção de ser mãe.
Quantas vezes queremos algo da parte do Senhor, que é benção para nossas vidas, mas a amargura de não receber nos faz deixar de usufruir as bênçãos que temos hoje.
Faça um exercício. Pare tudo e olhe para sua vida. Deixe de lado a benção que tanto busca e liste aquilo que é benção na sua vida. Aquilo que você tem e nem todos tem. Aquilo que te coloca numa posição de privilégio em relação às outras que estão a sua volta.
Será que não receber a tua tão desejada benção torna tudo a sua volta sem valor?
Ana estava menosprezando o amor de Elcana não o aceitando. Menosprezava algo muito sagrado em sua vida que era ter o direito de comer parte da oferta de sacrifício ao Senhor.
O que temos menosprezado, deixado de lado por causa do nosso desejo em receber uma determinada benção?
Deus conhecia o coração de Ana, mas ela não tinha intimidade com o Senhor.
Vários anos ela esteve no Templo, tinha a presença do Senhor bem perto dela, mas não buscava.
O dia que ela abriu seu coração para o Senhor, pediu que Ele a ajudasse e fez um voto de coração sincero, recebeu não só a promessa de vitória, mas a cura para sua alma.
Conforme o versículo 18 ela comeu do alimento do sacrifício, a tristeza de seu coração diminuiu e depois se entregou ao seu marido, talvez de uma maneira como nunca tivesse experimentado antes, pois ficou registrado no versículo 19. Se não tivesse sido especial, não estaria registrado na Bíblia o momento da relação dos dois!
Quando Ana se abriu para o Senhor, além de seu corpo e sua alma serem curados, ela experimentou um verdadeiro casamento com Elcana e um relacionamento íntimo com o Senhor, conforme ela canta no capítulo 2.
Foi inspirada pelo Espírito Santo a declarar palavras de tanto amor ao Senhor e conhecimento de quem Ele verdadeiramente é.
Só quem ama ao Senhor verdadeiramente pode entregar um filho para o Seu sacerdócio e declarar palavras de tanto conhecimento da pessoa do Senhor.
É hora de amarmos ao Senhor de todo o nosso coração e entendimento.
É hora de buscarmos o conhecimento da pessoa de Jesus Cristo através da Sua Palavra e da presença do Espírito Santo em nossa vida.
É hora de esperarmos o cumprimento de nossas promessas usufruindo o melhor que o Senhor já tem dado a nós no dia de hoje!
Amém!
como diz o ditado, se a carapuca serviu... pois e caiu direitinho!
ResponderExcluirElizeu Lara diz:
ResponderExcluirÓtimo estudo.